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Aumento de gastos públicos: especialistas comentam a expansão fiscal

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Aumento de gastos públicos: especialistas comentam a expansão fiscal

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um aumento significativo nos gastos públicos. Essa situação gera debates acalorados entre economistas, políticos e a população em geral. O que realmente está por trás desse crescimento? É apenas uma questão de “pauta-bomba”, como muitos afirmam, ou há fatores mais complexos em jogo? Neste artigo, vamos explorar as opiniões de especialistas sobre o aumento dos gastos públicos e suas implicações para a economia brasileira.

O que é o aumento de gastos públicos?

O aumento de gastos públicos refere-se ao crescimento das despesas do governo em diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. Esse fenômeno pode ser impulsionado por diferentes fatores, incluindo decisões políticas, necessidades sociais e pressões econômicas.

O papel da “pauta-bomba”

A expressão “pauta-bomba” se popularizou durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, referindo-se a aumentos de despesas aprovados pelo Congresso sem a devida compensação fiscal. Muitos analistas acreditam que essa prática é uma das principais responsáveis pelo desequilíbrio nas contas públicas. No entanto, especialistas como Evandro Buccini, da Rio Bravo Investimentos, argumentam que a situação atual é diferente.

Buccini destaca que, embora o Congresso possa contribuir para o aumento dos gastos, a maior parte desse crescimento é impulsionada por decisões do próprio governo. Ele afirma que, desde o início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o governo tem sido seu próprio inimigo em termos de gastos.

Dados que falam por si

O economista Alexandre Schwartsman, da Pinotti & Schwartsman, também reforça essa visão. Ele aponta que, ao comparar os gastos do governo no final de 2022 com os 12 meses encerrados em maio de 2025, houve uma expansão de R$ 210 bilhões. Mais de 90% desse aumento é atribuído a quatro rubricas principais: despesas com INSS, Bolsa Família, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e abono salarial.

Schwartsman explica que o novo Bolsa Família, por exemplo, é uma decisão direta do governo. Além disso, o aumento das despesas com INSS e BPC é, em grande parte, resultado da decisão do governo de elevar o salário mínimo.

O impacto das emendas parlamentares

Embora as emendas parlamentares sejam frequentemente citadas como um problema, Schwartsman observa que elas representam uma fração muito pequena do total de gastos do governo. Com um gasto anual de R$ 2,3 trilhões, as emendas somam cerca de R$ 50 bilhões, o que é insignificante em comparação.

Bráulio Borges, economista sênior da LCA, concorda que o Congresso tem um papel a desempenhar, mas ressalta que a responsabilidade não pode ser atribuída apenas a ele. Ele menciona que o Congresso não indicou compensações para desonerações fiscais, o que também contribui para o desequilíbrio das contas públicas.

A herança do governo anterior

Outro fator a ser considerado é a herança deixada pelo governo anterior. Borges aponta que a política do salário mínimo, que impacta diretamente o BPC e o Bolsa Família, teve um grande efeito em 2022, quando o número de beneficiários explodiu. Ele menciona que, sem esse aumento, a despesa seria cerca de R$ 30 bilhões menor.

Além disso, o custo do Bolsa Família, que era de R$ 600, foi elevado para R$ 720, e essa responsabilidade é compartilhada entre os governos.

O futuro da expansão fiscal

O economista Gabriel Leal de Barros, da ARX Investimentos, alerta que a expansão da política parafiscal e de crédito pode comprometer a eficácia da política monetária do Banco Central. Ele argumenta que, enquanto o Banco Central tenta controlar a inflação com juros altos, a expansão fiscal mantém a economia aquecida, dificultando o controle da inflação.

Barros estima que os estímulos à economia somam R$ 238 bilhões neste ano, o que representa 2% do PIB. Para o próximo ano, essa cifra pode chegar a R$ 376 bilhões, ou 2,9% do PIB. Ele acredita que esse volume de recursos pode comprometer a queda da inflação, projetando uma inflação de 3,8% para 2027, em comparação com a meta de 3% do Banco Central.

Conclusão

O aumento dos gastos públicos no Brasil é um tema complexo que envolve diversos fatores, desde decisões governamentais até a atuação do Congresso. Embora a “pauta-bomba” tenha um papel, muitos especialistas concordam que a maior parte do crescimento das despesas é impulsionada por ações do governo. A herança do governo anterior e a pressão fiscal futura também são elementos a serem considerados. À medida que avançamos, será crucial encontrar um equilíbrio entre a necessidade de gastos e a responsabilidade fiscal para garantir a saúde econômica do país.

Para mais informações sobre o aumento de gastos públicos e suas implicações, você pode acessar a fonte de referência aqui.

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