Confiança nas instituições: Juízes superam partidos em credibilidade
A confiança nas instituições é um tema que sempre gera debates acalorados. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo instituto Quaest trouxe à tona um dado surpreendente: os juízes de futebol são considerados mais confiáveis do que os partidos políticos no Brasil. Isso levanta questões importantes sobre a percepção pública das instituições e o que isso significa para a democracia. Neste artigo, vamos explorar os resultados dessa pesquisa e discutir o que pode estar por trás dessa desconfiança em relação aos partidos.
A pesquisa e seus resultados
De acordo com a pesquisa divulgada em setembro de 2025, apenas 36% da população brasileira confia nos partidos políticos. Em contrapartida, 43% dos entrevistados afirmaram confiar nos árbitros de futebol. Essa diferença é alarmante e reflete uma crise de credibilidade nas legendas políticas. Além disso, a pesquisa revelou que as redes sociais também são vistas de forma mais positiva, com 41% de aprovação.
As instituições religiosas e militares, por outro lado, gozam de uma confiança muito maior. A Igreja Católica, por exemplo, é considerada confiável por 73% dos entrevistados. As Forças Armadas e a Polícia Militar também estão entre as instituições mais respeitadas, com 70% e 71% de credibilidade, respectivamente. Esses números indicam uma clara preferência da população por instituições que, em sua maioria, não estão diretamente ligadas à política partidária.
O papel dos partidos políticos na sociedade
Os partidos políticos têm um papel fundamental na democracia, pois são responsáveis por representar os interesses da população e organizar a participação política. No entanto, a desconfiança em relação a essas instituições pode ser atribuída a diversos fatores. Um deles é a percepção de corrupção e falta de transparência. Muitos brasileiros sentem que os partidos estão mais preocupados em manter o poder do que em atender às necessidades da população.
Além disso, a polarização política tem contribuído para a desconfiança. A divisão entre apoiadores de diferentes partidos tem gerado um clima de hostilidade e desconfiança mútua. Isso faz com que muitos cidadãos se sintam desconectados e céticos em relação à capacidade dos partidos de representar seus interesses.
Comparação com outras instituições
Quando olhamos para a confiança em outras instituições, como as religiosas e militares, percebemos que elas têm uma imagem mais positiva. Isso pode ser explicado pelo fato de que essas instituições, em geral, são vistas como mais estáveis e menos suscetíveis a escândalos políticos. A Igreja Católica, por exemplo, tem uma longa história de envolvimento em questões sociais e comunitárias, o que pode aumentar sua credibilidade.
As Forças Armadas, por sua vez, são frequentemente vistas como um símbolo de ordem e segurança. No entanto, mesmo essas instituições não estão imunes à desconfiança. A pesquisa mostrou que a confiança nas Forças Armadas caiu entre os eleitores de Jair Bolsonaro, refletindo uma mudança na percepção pública em relação a essa instituição.
Impacto da desconfiança nas instituições
A desconfiança nas instituições políticas pode ter consequências graves para a democracia. Quando os cidadãos não confiam em seus representantes, eles podem se sentir desmotivados a participar do processo político. Isso pode levar a uma baixa participação nas eleições e a um aumento do apoliticismo, onde as pessoas se afastam da política e das instituições que deveriam representá-las.
Além disso, a falta de confiança pode abrir espaço para o crescimento de movimentos populistas e autoritários. Quando as pessoas sentem que suas vozes não estão sendo ouvidas, elas podem buscar alternativas que prometem mudanças rápidas, mesmo que essas mudanças possam ser prejudiciais a longo prazo.
O que pode ser feito para restaurar a confiança?
Restaurar a confiança nas instituições políticas é um desafio complexo, mas não impossível. Uma das primeiras etapas é promover maior transparência e responsabilidade. Os partidos políticos precisam se esforçar para mostrar que estão comprometidos com o bem-estar da população e não apenas com seus próprios interesses.
Além disso, é fundamental que haja uma reforma política que torne o sistema mais representativo e acessível. Isso pode incluir medidas como a redução do financiamento privado de campanhas, que muitas vezes leva à corrupção e à influência desproporcional de interesses particulares.
Por fim, a educação política é essencial. Os cidadãos precisam entender melhor como funciona o sistema político e como podem participar dele de maneira eficaz. Isso pode ajudar a criar uma população mais engajada e informada, capaz de exigir responsabilidade de seus representantes.
Conclusão
A confiança nas instituições é um pilar fundamental para a democracia. A pesquisa que mostra que juízes de futebol são mais confiáveis do que partidos políticos é um sinal de alerta. É crucial que os partidos políticos e outras instituições trabalhem para restaurar essa confiança, promovendo transparência, responsabilidade e engajamento cívico. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e democrática.
Para mais informações sobre a pesquisa e seus resultados, você pode acessar a fonte original aqui.

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