Proposta de Emenda à Constituição n° 3, de 2022
Introdução
PEC das praias – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 3 de 2022 tem gerado debates e discussões em todo o país. Muitos a chamam de “PEC da privatização das praias”, mas será que essa é uma interpretação correta? Vamos analisar o que a PEC realmente propõe e como ela pode impactar o uso dos terrenos de marinha.

A Proposta de Emenda à Constituição n° 3, de 2022 é uma iniciativa da Câmara dos Deputados e foi proposta pelo Deputado Federal Arnaldo Jordy (CIDADANIA/PA). Vamos entender do que se trata:
- Ementa: A PEC 3/2022 tem como objetivo revogar o inciso VII do caput do art. 20 da Constituição Federal e também o § 3º do art. 49 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Além disso, ela estabelece outras providências relacionadas à Administração Pública e aos Domínios e Bens Públicos
O que é a PEC 3/2022? PEC das praias
A PEC 3/2022, de autoria do ex-deputado federal Arnaldo Jordy (Cidadania-PA), busca regulamentar a transferência dos terrenos de marinha, que atualmente estão sob domínio da União. Mas o que são esses terrenos e por que eles são relevantes?
Terrenos de Marinha: Uma Breve Explicação
Os terrenos de marinha são áreas localizadas na faixa de até 33 metros a partir da linha preamar média (ou seja, a média das marés altas) em regiões costeiras. Essas áreas são consideradas bens públicos e estão sob a gestão da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Historicamente, esses terrenos foram utilizados para atividades portuárias, defesa nacional e outras finalidades de interesse público.
O que a PEC Propõe? PEC das praias
A PEC 3/2022 não visa privatizar as praias em si, como muitos alegam. Ela trata da transferência dos terrenos de marinha para empresas privadas, mas com algumas ressalvas importantes:
- Habitações de Interesse Social: A proposta autoriza a transferência gratuita dos terrenos de marinha para projetos de habitações de interesse social. Isso significa que áreas que hoje estão subutilizadas poderiam ser destinadas a moradias para famílias de baixa renda.
- Estados e Municípios: A PEC também permite a transferência dessas áreas para Estados e municípios, desde que existam instalações de serviços públicos nelas. Isso poderia beneficiar a gestão local e a melhoria da infraestrutura.
- Veda Cobrança de Foro e Taxa de Ocupação: A proposta proíbe a cobrança de foro (espécie de aluguel) e taxa de ocupação desses terrenos transferidos.
O Debate – PEC das praias
Especialistas têm opiniões divergentes sobre a PEC. Alguns argumentam que a transferência para empresas privadas pode prejudicar o acesso público às praias e a preservação ambiental. Outros veem oportunidades de desenvolvimento e investimento.
Entenda a Polêmica da PEC das Praias
Recentemente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 3, de 2022, conhecida como “PEC das Praias”, tem gerado grande debate no Brasil. Essa proposta visa modificar a atual legislação sobre terrenos de marinha, permitindo que áreas atualmente sob domínio da União possam ser privatizadas. Aqui estão cinco pontos chave para entender melhor a controvérsia:
- O que a PEC propõe? A PEC sugere a transferência da propriedade dos terrenos de marinha, que incluem faixas de terra à beira-mar de até 33 metros, para estados, municípios e proprietários privados que já ocupam essas áreas. Atualmente, esses terrenos são de domínio público, administrados pela União, e podem ser utilizados mediante pagamento de taxas específicas.
- Impacto no acesso às praias: Embora a PEC não proponha a privatização direta das praias, há um grande receio de que a privatização dos terrenos ao redor possa limitar o acesso público. Empresas e resorts poderiam cercar essas áreas, dificultando o livre acesso dos banhistas às faixas de areia, o que já ocorre em alguns locais mesmo sem a aprovação da PEC.
- Questões ambientais: Ambientalistas alertam para os riscos que a privatização pode trazer ao meio ambiente, especialmente em áreas de alta biodiversidade como manguezais e restingas. Há preocupações de que a medida possa incentivar a ocupação desordenada e a especulação imobiliária, comprometendo a preservação dessas áreas naturais e aumentando a vulnerabilidade costeira às mudanças climáticas.
- Posição das autoridades: A PEC já gerou discussões acaloradas entre autoridades. No Rio de Janeiro, por exemplo, há movimentos para resistir às possíveis mudanças. Figuras públicas como o deputado estadual Carlos Minc e a secretária municipal de Meio Ambiente, Eliana Cacique, destacam que a proposta vai na contramão das políticas ambientais necessárias para proteger a costa brasileira.
- Reação pública e política: A proposta enfrenta forte oposição de diversos segmentos da sociedade. Ativistas e personalidades públicas têm se manifestado contra a PEC, enfatizando a importância de manter o acesso público às praias e preservar o meio ambiente. A pressão popular tem sido um fator importante, e há especulações de que isso possa influenciar o andamento da PEC no Senado .
A PEC das Praias traz à tona um debate complexo sobre propriedade, acesso público e preservação ambiental. A sociedade brasileira está atenta e mobilizada, buscando um equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade.
Conclusão
A PEC 3/2022 está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. É importante acompanhar seu desdobramento para entender como ela pode afetar o uso dos terrenos de marinha e o acesso às nossas praias. Lembre-se de que essa é uma discussão complexa e que requer análise cuidadosa.

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