Maçonaria Candidatos Presidenciais: Apoios e Divisões Históricas
A maçonaria é um tema que sempre gera curiosidade e controvérsia, especialmente quando se entrelaça com a política. Recentemente, a relação entre a maçonaria e os candidatos presidenciais em Portugal tem sido objeto de discussão. Neste artigo, vamos explorar como a maçonaria se posiciona em relação a candidatos, os apoios que surgem e as divisões históricas que permeiam essa relação. Vamos nos aprofundar nas nuances desse tema fascinante.
O Papel da Maçonaria na Política
Embora a maçonaria oficialmente não se envolva em política, a realidade é bem diferente. A história das obediências maçónicas em Portugal revela que os apoios a candidatos presidenciais surgem de maneira quase natural. A maçonaria, com suas tradições e rituais, tem uma influência significativa nas esferas políticas, mesmo que não se manifeste abertamente.
Os grão-mestres e porta-vozes são os únicos autorizados a falar em nome da maçonaria. Isso gera um certo desconforto entre os membros quando informações sobre apoios são divulgadas sem a devida autorização. Recentemente, surgiram notícias sobre o Grande Oriente Lusitano (GOL) apoiando António José Seguro e a Grande Loja Legal de Portugal (GLLP/GLRP) apoiando Henrique Gouveia e Melo. Essa situação gerou debates acalorados entre os maçons.
Apoios e Influências nas Candidaturas
Quando observamos as candidaturas de Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, fica claro que as influências maçónicas estão presentes. O almirante Gouveia e Melo recebeu apoio de figuras proeminentes da GLLP/GLRP, como Paulo Noguês e José Manuel Anes. Embora Paulo Noguês não ocupe um cargo oficial na maçonaria, sua influência na área militar é inegável. Ele é conhecido por criar a revista Segurança e Defesa, o que lhe confere um papel importante nas decisões políticas.
Por outro lado, António José Seguro conta com o apoio de Pedro Farmhouse, um ex-deputado socialista e membro destacado do GOL. A proximidade de Seguro com a família de sua esposa, Margarida Maldonado Freitas, também é um fator que pesa em sua candidatura. A família Maldonado Freitas tem uma longa história de envolvimento com o GOL, o que pode facilitar a obtenção de apoios.
As Relações Familiares e a Maçonaria
As relações familiares desempenham um papel crucial na dinâmica da maçonaria e na política. A esposa de António José Seguro, Margarida, pertence a uma família com uma rica história dentro do GOL. Os Maldonado Freitas, por exemplo, foram fundamentais na primeira República Portuguesa. As farmácias da família eram locais de encontro para maçons, onde se discutiam questões políticas relevantes.
Essa conexão histórica entre as famílias e a maçonaria pode explicar a proximidade de figuras políticas como João Soares e Álvaro Beleza com a candidatura de Seguro. A tradição e a história têm um peso significativo nas decisões e apoios dentro da maçonaria.
Negação de Apoios Oficiais
Apesar das evidências de apoio a candidatos, as obediências maçónicas negam oficialmente qualquer envolvimento político. O porta-voz da GLLP/GLRP, Tiago Thira Campos, enfatiza que a maçonaria é apartidária e que discussões sobre política não ocorrem em seus encontros. Essa posição é compartilhada pelo GOL, que também se declara neutro em questões políticas.
Entretanto, a realidade é que muitos maçons têm suas preferências políticas e podem influenciar as decisões de seus irmãos. A divisão entre o GOL e a GLRP também se reflete nas candidaturas, com o GOL tendendo a apoiar candidatos mais à esquerda e a GLRP inclinando-se para a direita.
O Clube dos 50 e as Candidaturas Presidenciais
Uma organização interessante que surgiu nesse contexto é o Clube dos 50. Este grupo tem promovido encontros com os candidatos presidenciais, permitindo que os maçons conheçam suas propostas e visões. Gouveia e Melo e Marques Mendes já participaram de eventos organizados pelo clube, enquanto António José Seguro está convidado para um evento semelhante.
O Clube dos 50 foi criado na França e tem como objetivo reunir diferentes obediências maçónicas. Em Portugal, ele representa apenas o GOL e a GLRP. A presidência do grupo é rotativa, o que demonstra uma tentativa de promover a união entre as obediências, apesar das rivalidades históricas.
Conclusão
A relação entre a maçonaria e os candidatos presidenciais em Portugal é complexa e multifacetada. Embora as obediências neguem apoios oficiais, a influência dos maçons nas candidaturas é inegável. As conexões familiares, as tradições e as rivalidades entre as obediências moldam o cenário político de maneiras sutis, mas significativas.
À medida que nos aproximamos das eleições presidenciais, será interessante observar como essas dinâmicas se desenrolam e quais candidatos conseguirão conquistar o apoio dos maçons. A maçonaria, com sua rica história e tradições, continuará a desempenhar um papel importante na política portuguesa.
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