Ato de Bolsonaro na Paulista: menor protesto desde a presidência

Ato de Bolsonaro na Paulista: menor protesto desde a presidência

Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro convocou um ato na Avenida Paulista, que se destacou por ser o menor protesto desde que deixou a presidência em 2022. Com apenas 12,4 mil participantes, segundo o Monitor do Debate Público da Universidade de São Paulo, o evento levantou questões sobre a atual influência de Bolsonaro na política brasileira e o futuro de seu movimento.

O Contexto do Ato

O ato ocorreu em um momento delicado para Bolsonaro, que enfrenta a inelegibilidade até 2030 e riscos de prisão por tentativa de golpe. O evento, realizado em 29 de junho de 2025, foi marcado por críticas ao governo Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente, mesmo com a diminuição do público, fez um apelo por apoio e prometeu mudar o destino do Brasil se obtiver uma maioria no Congresso nas próximas eleições.

O Que Foi Discutido no Ato

Durante o protesto, os discursos se concentraram em temas como a anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro e a crítica ao governo atual. Bolsonaro, em seu discurso, afirmou: “Se vocês me derem, por ocasião das eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”. Essa declaração reflete sua estratégia de mobilização política, mesmo diante de um cenário adverso.

A Queda do Comparecimento

Um dos pontos mais notáveis do ato foi a queda significativa no número de participantes em comparação a eventos anteriores. Em fevereiro de 2024, por exemplo, 185 mil pessoas compareceram a uma manifestação similar. Em abril de 2025, o público foi de 44,9 mil. Essa diminuição levanta questões sobre a capacidade de Bolsonaro de mobilizar seus apoiadores e a eficácia de sua mensagem.

Reações e Expectativas Futuras

Apesar do baixo comparecimento, Bolsonaro desafiou a oposição a reunir um terço do público que ele conseguiu. Essa provocação reflete sua confiança em ainda ter uma base de apoio, mesmo que reduzida. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que esteve ao lado de Bolsonaro, também fez um apelo à mobilização, incentivando gritos de “Fora PT” e “Volta, Bolsonaro”.

O Papel do STF e as Críticas a Alexandre de Moraes

Um dos principais alvos das críticas durante o ato foi o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os eventos de 8 de janeiro. Bolsonaro e seus aliados têm pressionado por uma reversão das decisões do STF que consideram injustas. O senador Flávio Bolsonaro, por exemplo, afirmou que o STF precisa corrigir as “bizarrices jurídicas” contra seu pai.

O Impacto da Mídia e da Opinião Pública

A cobertura da mídia sobre o ato e a percepção pública também desempenham um papel crucial na narrativa em torno de Bolsonaro. A diminuição do público pode ser interpretada como um sinal de descontentamento ou apatia entre seus apoiadores. Além disso, a forma como a mídia retrata esses eventos pode influenciar a opinião pública e a mobilização futura.

Conclusão

O ato de Bolsonaro na Avenida Paulista, embora tenha sido o menor desde que deixou a presidência, ainda reflete a complexidade da política brasileira. A queda no número de participantes levanta questões sobre a viabilidade de seu movimento e a capacidade de mobilização de sua base. Com um futuro incerto e desafios legais pela frente, a trajetória de Bolsonaro continua a ser um tema de intenso debate e análise.

Para mais informações sobre o ato e suas implicações, você pode acessar a fonte de referência aqui.

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